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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Dívida educacional é grande, mas "está sendo paga”, diz presidente do Inep

O presidente do Instituto Anísio Teixeira (Inep), Francisco Soares, disse hoje (24) que a dívida educacional brasileira "é muito grande, mas está sendo paga”. Ele participou nesta terça-feira do lançamento no Brasil do relatório Education at a Glance 2015: Panorama da Educação, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que apresenta dados educacionais e comparações entre 46 países.

Apesar de o Brasil aparecer aquém dos demais países em diversos indicadores, o relatório mostra que houve avanços significativos nos últimos anos. O país está entre os que mais aumentaram a proporção do investimento público em educação. Em 2005, o Brasil investia 13,3% do gasto público em educação. Em 2012, essa porcentagem passou para 17,2%, valor superado apenas pelo México e Nova Zelândia.

Em relação a investimentos, o país ainda está abaixo da média dos demais, gasta anualmente US$ 3.441 por aluno. A média dos demais países, que é de US$ 5.876. Além disso, é o que paga um dos menores salários aos professores entre os países da OCDE. Segundo Soares, o Brasil investe proporcionalmente um dos maiores valores atuais, mas isso começou a ser feito recentemente. “Tempos um déficit acumulado”, diz.

Soares acrescenta que é preciso levar em consideração as diferenças econômicas e sociais entre os países comparados. “Quando se diz que o Brasil aplica um terço [de recursos por aluno] de países como a Bélgica, entende-se que é possível termos o mesmo valor aqui. Não é possível. A Bélgica tem quase três vezes o PIB [Produto Interno Bruto] que o Brasil [tem].”

O secretário executivo do Ministério da Educação, Luiz Cláudio Costa, destacou o avanço na inclusão de estudantes no sistema de ensino, principalmente dos mais jovens. Enquanto, entre aqueles com 55 a 64 anos, 28% concluíram o ensino médio; entre os que têm de 25 a 34 anos, 61% concluíram a etapa. “A boa notícia é que o que fizemos nos últimos anos trouxe resultados”, destacou.

Ele ressaltou o cumprimento do Plano Nacional de Educação (PNE), lei sancionada no ano passado com metas para a educação até 2024, como a forma de avançar e garantir melhorias na educação.

Da Agência Brasil

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