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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Governo quer expandir exportações de Sergipe

Os produtos agrícolas são os mais exportados em Sergipe, sendo suco e óleo de laranja os mais comercializados para o exterior, com 59,3% do volume total, seguido pelos sucos de abacaxi, 13,2%. O Governo do Estado tem trabalhado para ampliar este comércio para outros segmentos econômicos. Com esta meta, diversas ações foram implantadas em 2015, no âmbito do Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE).

A iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, em parceria com o governo estadual e outras instituições locais e nacionais, está sendo executada em Sergipe pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia (Sedetec), que, como uma das medidas iniciais, realizou o “Curso Básico de Exportação” em parceria com o MDIC e o Sebrae/SE, atingindo empresários de portes pequeno, médio e grande.

O secretário da pasta, Francisco Dantas, diz que desde 2014 o Estado tem aumentando sua participação no volume do comércio externo, mas ainda é baixo o índice de exportação em Sergipe. Articulações entre entidades governamentais e organizações empresariais têm dado atenção à produção de medidas para incrementar o segmento. A secretaria também acompanha e monitora o desenvolvimento do comércio exterior por meio de análise e estudos. “O grande objetivo do Governo é aumentar e qualificar a base exportadora sergipana, gerando desenvolvimento econômico e social para o estado e, conseqüentemente, para o país”, pontua o secretário Chico Dantas.

Enquanto os novos setores ainda buscam esta expansão, a agricultura confirma cada vez mais o grande peso que possui na balança comercial de Sergipe. E a perspectiva é de um crescimento significativo, com a possibilidade de produção de soja no estado. O Governo iniciou essa discussão, envolvendo produtores, pesquisadores, empresas de assistência técnica, empresários dos ramos da logística e da exportação, para incentivar a produção de soja orgânica e convencional no estado. A Embrapa está com três áreas experimentais situadas em Carira, Frei Paulo e Umbaúba e os resultados são bastante positivos.

“Nos últimos meses, a soja que passa pelo Porto de Sergipe também ganhou importância”, observa o secretário de Estado da Agricultura, Esmeraldo Leal. Para ele o potencial do setor agropecuário é muito grande e o cenário pode ser ainda melhor.

“Só para citar alguns exemplos: o nosso rebanho tem uma genética muito boa e temos um reconhecimento de estado livre da febre aftosa por mais de 20 anos. Temos um frigorifico com SIF (Serviço de Inspeção Federal) no Baixo São Francisco e temos mais um para ser instalado na região Agreste do estado e temos livre acesso aos mercados exigentes como o dos Estados Unidos. Da mesma forma, no Sertão, temos vários laticínios com SIF e outros em vias de receber a autorização. Com isso, deveremos entrar forte na disputa do mercado nacional e ousar adentrar em outros países”, destaca Leal.

No último dia 26, o vice-governador Belivaldo Chagas participou de uma reunião em que foi discutida a possibilidade de produção de soja em Sergipe. Chagas se mostrou entusiasmado com a possibilidade do estado se tornar um produtor de soja e colocou a estrutura do governo à disposição dos segmentos envolvidos. No dia seguinte, o Porto de Sergipe carregou um navio com 32 mil toneladas de soja vindas de Luiz Eduardo Magalhães, na Bahia. Este é o quinto navio abastecido com soja no porto sergipano com destino a Rússia e Japão, sendo que o embarque de hoje vai para a Rússia. De acordo com o gerente da VLI, Valdeilson Paiva, a soja é uma commodity que tem mercado internacional e Sergipe precisa aproveitar a sua potencialidade e capacidade fértil para se introduzir no corredor logístico de embarque do produto.

Ele disse que o Porto de Sergipe conta com estrutura apropriada para embarque do grão na medida em que as colheitas estiverem em execução. “Transportamos por mês cerca de 90 mil toneladas de produtos que vão desde o coque de petróleo, soja, fertilizantes, trigo e outros”, acentuou.

Da ASN

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