*Da redação/Sergipe Notícias
Este não é o primeiro caso. E, provavelmente, não será o último. Parece que está virando costume, no Brasil, e Sergpe não foge à regra, a agressão verbal ou física contra jornalistas. Na última quarta-feira, 12, em sessão na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), o vereador Agamenon Sobral (PP) utilizou a tribuna para agredir o jornalista Ivan Valença. Hoje, em um programa de rádio, ao invés de desculpar-se, o referido parlamentar manteve os argumentos. Até quando a categoria terá que suportar estas humilhações?
Abaixo, confira a nota, na íntegra, do SINDIJOR, que presta solidariedade ao profissional agredido:

Ao mesmo tempo, repudiamos a ação do vereador que, como membro de uma casa legislativa e representante eleito pelos aracajuanos, deveria dar o exemplo, por estar vereador numa Casa plural onde, presume-se, seja espaço de debates e de ideias. Sendo assim, não deviria usar a tribuna da maneira que usou, para discordar do texto do jornalista de forma agressiva e preconceituosa, atingindo não só o profissional, mas toda uma categoria e também a população idosa, ao reputar à idade do jornalista, que é um idoso, o motivo por estar produzindo supostas inverdades em sua coluna, presumindo, no seu raciocínio, que o mesmo já não pode ser jornalista. Um disparate sem tamanho, ainda mais se tratando de um profissional que lida com informação e saber, que só se enriquecem e se aprofundam com a maturidade.
Infelizmente, tem sido recorrente em nosso estado a agressão aos profissionais da comunicação, em especial a jornalistas. Atualmente vivemos em um estado democrático de direito onde a liberdade de expressão deve ser assegurada e a integridade dos profissionais de comunicação garantida. Alguns empresários e políticos sergipanos têm dado maus exemplos, pois, ao se sentirem atingidos pelos textos de algum jornalista que não comunga das suas ideias e pretensões, acham-se no direito de agredi-lo e até ameaçá-lo.
O vereador Agamenon Sobral tem chamado a atenção da sociedade aracajuana e sergipana ao usar da tribuna, em várias oportunidades, para clamar, com fervor e saudosismo, pelo retorno da ditadura militar, que perseguiu, torturou e matou brasileiros no período de 1964 a 1985, e também para agredir trabalhadores em luta por melhores condições de trabalho e de salário, a exemplo das suas maldosas intervenções na Câmara de Vereadores para destratar a luta dos professores da rede estadual e da rede municipal de Aracaju e dos médicos.
Qualquer pessoa tem o direito de discordar e solicitar a correção de quaisquer informações publicadas ou veiculadas nos meios de comunicação do nosso Estado, mas isso não pode ser feito através da violência verbal, gratuita e preconceituosa. Tal ação não se coaduna com o atual momento democrático em que nosso país vive.
Aracaju, 13 de junho de 2013
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