Funcionários terceirizados da estatal denunciam falta de pagamento de salários
Nos últimos dias, o Sergipe Notícias recebeu várias denúncias de funcionários terceirizados da Petrobras, que alegaram a falta de pagamento de salários e alguns benefícios, como vale-transporte e ticket-alimentação. De acordo com o diretor do Sindipetro AL/SE (Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe), está é, de fato, a realidade vivida pelos funcionários. “Infelizmente, é assim que vivem os petroleiros, uma categoria que é constantemente atacada. A gente luta e torce para que a Petrobras continue crescendo, mas a verdade é que a estatal não vive às mil maravilhas”, afirma o sindicalista.
Segundo Edvaldo Leandro, a terceirização é um problema que existe não só na Petrobras, mas no país. “É o grande câncer que enfrentamos no Brasil. O prejuízo não é apenas para os funcionários. Percebemos que os governos e as estatais utilizam as empresas terceirizadas tanto para desorganizar e precarizar os trabalhadores, como também para garantir o esquema de corrupção”, opina Leandro.
Além disso, de acordo com o diretor, a terceirização prejudica também a realização de concursos. “Na Petrobras, por exemplo, quase não tem concurso. No último processo seletivo, não teve uma vaga para Sergipe”, revela. Devido à tamanha insatisfação, os funcionários paralisaram as atividades, em busca do pagamento dos salários. No entanto, segundo o diretor do sindicato, o problema ainda não foi resolvido.
Defesa da Petróleo
Além da defesa dos trabalhadores, o Sindipetro também está promovendo uma campanha com o objetivo de alertar e conseguir o apoio da população brasileira sobre o resgate do monopólio estatal do petróleo. “O nome da nossa campanha é “Em defesa da Petrobras 100% estatal”. Estamos vendo muitas discussões em torno da Petrobras. Fala-se em CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito], mas, do jeito que estão querendo fazer, é pura hipocrisia; querem fazer palanque”, afirma.
Edvaldo destaca ainda que, embora queiram investigar, por exemplo, o escândalo da refinaria de Pasadena, existem outras questões que merecem atenção. “As políticas do PT e do PSDB de entrega de petróleo e de capitalização da Petrobras já deram um prejuízo muito maior. Esses partidos não querem falar a respeito. O valor estimado, segundo nossos técnicos, do campo de Libra, é de US$ 1,5 trilhão e foi vendido por US$ 18 bilhões. Um prejuízo enorme para a Petrobras”, explica.
O diretor garante que a categoria continuará unida nessa luta e buscará apoio da imprensa e dos movimentos sindicais. “Queremos o apoio de todos para evitar o desmantelamento dessa estatal que não é de nenhum partido; é patrimônio brasileiro”, finaliza.
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