O ministro da Fazenda, Guido
Mantega disse nesta quarta-feira que o governo vai reduzir a previsão de
crescimento para o ano – atualmente em 3,5%. “Certamente nós vamos rever
esse número quando fizermos os próximos relatórios” e a projeção será revisada
“para baixo”, informou.
Mantega também frisou que os
dados relativos ao segundo trimestre mostram que “a atividade econômica
acelerou em abril” e também em maio. O ministro citou como exemplo números de
produção de transporte de carga e de papelão ondulado, que são “indicadores
positivos”.
Segundo o IBGE, o Produto
Interno Bruto (PIB) teve expansão de 0,6% no primeiro trimestre deste ano,
sobre o quarto trimestre de 2012, de acordo com o resultado das Contas
Nacionais. O resultado ficou abaixo da
estimativa média de 0,9% apurada pelo Valor Data junto a 14 consultorias e
instituições financeiras. As projeções variaram de expansão de 0,6% a alta de
1,1%.
Para Mantega, a economia do
país irá crescer em 2013 mais do que o registrado no ano passado, quando a
expansão foi de 0,9% frente a 2011. “O crescimento deste ano certamente será
maior que o do ano passado”, afirmou.
O ministro da Fazenda
comentou que o governo não pretende tomar novas medidas para estimular o
consumo. Em sua visão, o consumo terá de se recuperar “com o dinamismo do
investimento”.
O ministro lembrou que as
empresas já estão aumentando seus investimentos e que não estão previstos novos
estímulos. “Alguns estímulos até foram retirados”, disse, apontando que algumas
alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) foram elevadas.
“O consumo não deverá ser o
carro-chefe do crescimento da economia. Queremos que seja o investimento”, disse.
Mantega destacou o avanço da
Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), ou investimentos, que cresceu cresceu
4,6% na abertura de 2013, contra o quarto final de 2012. Perguntado sobre a reação da
presidente Dilma Rousseff ao dados do PIB, Mantega disse que a presidente ficou
muito contente com o desempenho do investimento. Ainda de acordo com o
ministro, o investimento será alavancado nos próximos anos pelos programas de
concessão de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.
(Thiago Resende, Edna Simão
e Eduardo Campos | Valor)

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