*Por Lays Millena
Deputado Venâncio Fonseca (PP) FOTO: Agência Alese |
Durante as últimas semanas,
o Proinvest (Programa de Apoio ao Investimento dos Estados e
Distrito Federal) foi tema principal na imprensa sergipana. O governo do Estado
está tentando, de várias formas, convencer os deputados da Assembleia
Legislativa quanto à necessidade de Sergipe receber o empréstimo de R$ 727
milhões que, de acordo com o deputado Venâncio Fonseca (PP), pode não ser
comportado pela atual situação financeira do Estado. Fazendo uma retrospectiva,
o deputado relembra a chegada de Marcelo Déda (PT) ao governo em janeiro de
2007 quando, segundo o parlamentar, Sergipe devia, aproximadamente, R$ 829
milhões, valor acumulado em toda a história política do estado.
“Em 2007 e 2008, o governo
não tomou R$ 1 sequer de empréstimo. No final de 2008, Nilson Lima deixou a
secretaria da Fazenda do Estado, com R$ 1 bilhão em caixa. Em 2009, o governo
começa a apresentar alguns problemas e tomou um empréstimo de R$ 170 milhões.
Em 2010, 2011 e 2012 foram realizados empréstimos de R$ 409 milhões, R$ 377
milhões e R$ 62 milhões, respectivamente. Tudo isso foi aprovado pela
Assembleia Legislativa, somando R$ 1,2 bilhão. Portanto, não podem reclamar”,
revela o parlamentar em entrevista aos jornalistas André Barros e Rosalvo
Nogueira no Jornal da Manhã da Jovem Pan.
Venâncio Fonseca em entrevista aos jornalistas André Barros e Rosalvo Nogueira na Jovem Pan FOTO: Assessoria do parlamentar |
Segundo Venâncio, houve um descontrole
com as contas do Estado e a dívida cresceu em 196%. “Nesse empréstimo, o grande
avalista é o servidor, porque o que está como garantia é o FPE (Fundo de Participação
dos Estados), quase 60% do rendimento do Estado e uma das fontes pagadoras do
funcionalismo público”, afirma. Para o parlamentar, Sergipe não tem capacidade
de endividamento. “Por que está devendo a todo mundo? Se não vai pagar as
férias dos servidores, como pode se endividar?”, questiona.
O deputado informou que o
pedido de empréstimo chegou à Assembleia antes da eleição, há 60 dias. “Negamos
o requerimento de urgência porque eles não queriam, na verdade, dar
explicações. De gogó e lorota, o PT é profissional. Quero ver na prática. O
governo precisa esclarecer as coisas”, reforça. Segundo Venâncio, outros
gestores construíam as obras com as emendas do orçamento da União. “Eles tinham
prestígio político e projetos, coisas que faltam nesse governo”, diz.
Além disso, o parlamentar
relembra o comportamento do governador em exercício, Jackson Barreto (PMDB),
com os irmãos Edvan (PTB) e Eduardo Amorim (PSC). “Foram chamados de “fuleiros”,
chefe de milícias, traíras; isso tudo reprova o requerimento de urgência. O
líder do governo foi para a tribuna, esculhambou os Amorim que, gostem ou não
gostem, são lideranças políticas incontestáveis em Sergipe”, destaca.
Questionado sobre a aprovação ou não do empréstimo, Venâncio diz que não ouviu
de nenhum parlamentar negativa aos R$ 727 milhões. “No entanto, precisamos de
mais esclarecimentos”, salienta.
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