Banese

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Dívida ativa em Sergipe ultrapassa R$ 3,5 bilhões

Abílio Castanheira defende cobrança de dívida ativa
FOTO: Ascom/Sindifisco

“Tem muita história mal contada”. Esta é a afirmação do presidente do Sindifisco, Abílio Castanheira, sobre as finanças de Sergipe. Segundo ele, embora o mundo inteiro esteja enfrentando uma crise financeira, o Estado poderia adotar políticas tributárias adequadas para favorecer a economia local. “A nossa cobrança de dívida ativa, por exemplo, não existe. Temos créditos tributários lançados na ordem de R$ 3,5 bilhões. O próprio secretário da Fazenda classifica como créditos podres, mas até hoje não sabemos quais são as empresas que estão devendo ao Estado”, revela Abílio, em entrevista ao jornalista André Barros no Jornal da Manhã.

De acordo com o presidente, existem ações tramitando, mas são muito morosas. Para ele, se o Estado cobrasse essas dívidas, poderia obter pelo menos 20%, valor que já cobriria o empréstimo do Proinveste (R$ 727 milhões) pleiteado pelo governo estadual. “A dívida vai passando de um governo para outro e não para de crescer. A execução judicial não acontece da forma adequada e o Estado deixa de receber esse dinheiro”, afirma.  

Sobre o déficit da Previdência, Abílio diz que os servidores passaram a contribuir a partir de 1998. “Nosso Instituto é de 2004. Onde foi parar o dinheiro recolhido durante esses seis anos?”, questionou. Segundo Castanheira, o déficit só acabará de uma vez daqui a 15 ou 20 anos. “Hoje, a Previdência em Sergipe é um problema e precisa ser analisada com muita cautela”, alerta. Para este ano, Abílio não acredita que o Estado não vai alcançar o orçamento de R$ 7,8 bilhões. “Não temos políticas tributárias adequadas e, provavelmente, repetiremos o resultado de 2012”, conclui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seja bem-vindo ao nosso blog. Sua opinião é importante para nós!