Abílio Castanheira defende cobrança de dívida ativa FOTO: Ascom/Sindifisco |
“Tem muita história mal
contada”. Esta é a afirmação do presidente do Sindifisco, Abílio Castanheira,
sobre as finanças de Sergipe. Segundo ele, embora o mundo inteiro esteja
enfrentando uma crise financeira, o Estado poderia adotar políticas tributárias
adequadas para favorecer a economia local. “A nossa cobrança de dívida ativa,
por exemplo, não existe. Temos créditos tributários lançados na ordem de R$ 3,5
bilhões. O próprio secretário da Fazenda classifica como créditos podres, mas
até hoje não sabemos quais são as empresas que estão devendo ao Estado”, revela
Abílio, em entrevista ao jornalista André Barros no Jornal da Manhã.
De acordo com o presidente,
existem ações tramitando, mas são muito morosas. Para ele, se o Estado cobrasse
essas dívidas, poderia obter pelo menos 20%, valor que já cobriria o empréstimo
do Proinveste (R$ 727 milhões) pleiteado pelo governo estadual. “A dívida vai
passando de um governo para outro e não para de crescer. A execução judicial
não acontece da forma adequada e o Estado deixa de receber esse dinheiro”,
afirma.
Sobre o déficit da
Previdência, Abílio diz que os servidores passaram a contribuir a partir de
1998. “Nosso Instituto é de 2004. Onde foi parar o dinheiro recolhido durante
esses seis anos?”, questionou. Segundo Castanheira, o déficit só acabará de uma
vez daqui a 15 ou 20 anos. “Hoje, a Previdência em Sergipe é um problema e
precisa ser analisada com muita cautela”, alerta. Para este ano, Abílio não
acredita que o Estado não vai alcançar o orçamento de R$ 7,8 bilhões. “Não
temos políticas tributárias adequadas e, provavelmente, repetiremos o resultado
de 2012”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Seja bem-vindo ao nosso blog. Sua opinião é importante para nós!