"O Brasil ainda precisa avançar muito", dr. Luciano Barreto FOTO: Ascom/Celi |
O setor de construção civil
em Sergipe tem crescido, mas ainda enfrenta dificuldades no seguimento de obras
públicas. De acordo com dr. Luciano Barreto, presidente da ASEOPP (Associação
Sergipana dos Empresários de Obras Públicas e Privadas), 2012 foi um ano ruim,
principalmente para os micro e pequenos empresários. Segundo ele, as empresas
que tiveram a iniciativa, em 2008 e 2009, de trabalhar com incorporações
imobiliárias ou com o programa Minha casa, Minha vida conseguiram um bom
resultado este ano.
Porém, em relação às obras públicas, dr. Luciano afirma que
o Brasil ainda precisa avançar muito. “O nosso país, infelizmente,
desaprendeu a fazer obras. Em Sergipe, 2011 foi ruim por falta de investimentos
nessa área, daí a luta do governo do estado para a aprovação do Proinveste, que
pode injetar muitos recursos no nosso seguimento”, revela o empresário, em entrevista
aos jornalistas André Barros e Rosalvo Nogueira durante o Jornal da Manhã da
Jovem Pan. Para ele, a presidenta Dilma Rousseff (PT) entendeu que são
necessários mais investimentos e esta é a grande preocupação dos setor, um dos
maiores geradores de empregos do país. “Quando há emprego, há qualificação
profissional e, consequentemente, melhorias na qualidade de vida da população”,
ressalta.
Luciano Barreto afirma ainda
que os estados e municípios deveriam distribuir melhor os recursos arrecadados
para realização de obras. Além disso, ele cobra mais compromisso por parte dos gestores no cumprimento dos contratos. “Muitos não cumprem os acordos. Na maioria das vezes, só a empresa é
punida, mas o setor público também precisa ser penalizado quando não paga as
faturas. Ambos devem cumprir o que foi pactuado e este modelo precisa ser adotado no Brasil”, acrescenta.
Questionado sobre a construção
do Mergulhão, o empresário garante que a obra está
em um bom ritmo. “Foi uma obra dividida em três etapas, mas houve uma avaliação
equivocada da projetista contratada pela Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) e, por causa disso,
fizemos uma reformulação total no projeto e cálculo estrutural”, explica.
Segundo ele, se forem superadas algumas dificuldades na avenida Paulo VI
(remanejamento de linha elétrica e sistema telefônico), a obra será concluída
em seis meses.
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