*Cristiane Bonfant, O Globo
Conforme já anunciara, o governo federal desonerou nesta sexta-feira as tarifas de transporte coletivo urbano. Por meio de medida provisória, a equipe econômica zerou as alíquotas de PIS e Cofins sobre a receita decorrente das passagens de ônibus, trens e metrô. A estimativa é que a medida custe R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos este ano.
O benefício, que vinha sendo estudado pela equipe econômica para tentar segurar o aumento das tarifas promovido pelas prefeituras, foi confirmado na semana passada pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.
No último dia 23, o GLOBO mostrou que a redução de 3,65% para zero da alíquota é mais uma aposta para segurar a inflação, em um momento em que a alta de preços, na avaliação do próprio Banco Central (BC), tem se mostrado resistente.
A preocupação do governo é com o reajuste das tarifas de capitais como Rio de Janeiro e São Paulo. No início do ano, Mantega pediu às prefeituras dessas duas cidades que adiassem os aumentos das tarifas de transporte urbano, agora agendados para este mês.
No Rio, a partir deste sábado, as passagens de ônibus ficam 7,2% mais caras. A tarifa passará de R$ 2,75 para R$ 2,95. Para o cálculo do reajuste, a prefeitura considerou a inflação acumulada desde a última correção, em dezembro de 2011, e despesas como o custo dos combustíveis. Pelas contas do governo, a tarifa subiria para R$ 3,07, mas o valor foi reduzido devido à decisão da União de deixar de recolher o PIS e Cofins das empresas.
Já a Prefeitura de São Paulo aumentará, a partir de amanhã, as tarifas de ônibus municipais, metrô e trens metropolitanos, de R$ 3 para R$ 3,20. A correção para um patamar abaixo dos R$ 3,47 planejados anteriormente também foi possível graças à negociação com o governo.
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