O plenário do Senado aprovou ontem (5), com 59 votos a favor e 6 contrários, a indicação do
advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso para o cargo de ministro
do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele assumirá o posto depois da
cerimônia de posse, a ser marcada pelo tribunal – possivelmente para o dia 27
ou dia 28. Barroso tem 55 anos e foi
indicado pela presidente Dilma Rousseff para ocupar vaga de ministro
do Supremo no fim de maio. A 11ª cadeira do tribunal está vaga desde novembro
do ano passado, quando o ministro Carlos Ayres Britto se aposentou
compulsoriamente ao completar 70 anos.
A aprovação em plenário ocorreu
pouco mais de uma hora depois de a Comissão de Constituição, Justiça e
Cidadania (CCJ) aprovar o nome de Barroso com 26 votos favoráveis e um
contrário. A CCJ votou após realizar sabatina com o futuro ministro por
aproximadamente oito horas. Logo em seguida, aprovou requerimento para que a
indicação fosse levada com urgência para o plenário.
Ao sair da sabatina, com o nome
aprovado na comissão, Barroso disse que terá muito trabalho no Supremo. “Só de
saber que tem 8 mil processos me esperando, acho que vai ser um trabalho
grande. Mas eu também não estou indo obrigado. Estou indo porque quis, porque
aceitei o convite. Estou indo feliz”, afirmou.
Barroso também disse ter se
sentido muito bem acolhido pelos senadores e que acredita que sabatina acabou
por fortalecer as relações entre os poderes. “Foi um debate muito rico, de
pessoas comprometidas com o Brasil. Tive muito prazer e muita honra de participar
da sabatina. Acho que o fato de ela ter sido longa valoriza as relações do
poder Legislativo com o Judiciário”, afirmou.
Urgência no plenário
O senador Álvaro Nunes, apesar de
defender o nome do futuro ministro para o STF, criticou a rapidez com que a
indicação foi levada para o plenário. “Ele se saiu muito bem na sabatina, não
se esquivou de questões polêmicas e reafirmou pontos de vista polêmicos. Mas
sou contra terem trazido isso hoje para o plenário, o que até desmerece todo o
trabalho que tivemos na CCJ”, declarou.
O líder do governo no Senado,
Eduardo Braga (PMDB-AM) elogiou a escolha de Barroso. “Quero cumprimentar a
presidenta Dilma pelo acerto da indicação [...]. Ainda há pouco comentava da
qualidade e da forma tão especial com que o doutor Barroso conduziu as
suas respostas ao longo desta sabatina do dia de hoje na CCJ. Encantou a todos
os senadores. Tenho certeza que a expectativa positiva em torno do conhecimento
jurídico e constitucional dele se confirmou”, disse Braga.
*Fonte: G1
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