Banese

terça-feira, 15 de abril de 2014

Redes sociais: o diário da vida de cada um

*Por Marcio Rocha

As redes sociais ganham cada vez mais espaço na vida das pessoas. Com o acesso democratizado a computadores e aparelhos celulares que promovem a interação entre as pessoas por meio de aplicativos de conversas à distância, fazer parte de uma rede social já é um hábito enraizado na cultura das pessoas de mais variadas idades.

Consideradas, atualmente, o principal mecanismo de integração entre as pessoas, é raro encontrar alguém que não seja participante de uma rede social. Para o jornalista paulista radicado em Aracaju, Gilberto Ribeiro, com larga experiência na área de comunicação, as redes sociais são o melhor meio de interagir e conhecer pessoas, com quem se desenvolve amizades duradouras. Para ele, as redes facilitam o contato com os filhos, amigos e parentes que estão distantes.

“O que me atrai é a proximidade entre as pessoas, a liberdade que você tem em se expressar. As redes fazem parte da minha vida sim, no momento em que estou me comunicando com filhos que vivem em outros Estados ou países. Sem falar dos amigos do passado e parentes que não vejo há muitos anos”, disse o jornalista, que é dono de uma conta composta por cinco mil amigos no Facebook e um perfil no Twitter, com mais de 127 mil seguidores.

Nas redes sociais, existem pessoas que usam seus perfis para trabalho, diversão e algumas com comportamento hedonista, em busca até de prazeres momentâneos. Para Gilberto Ribeiro, a questão de hedonismo é relativa a vários fatores, até mesmo à carência afetiva das pessoas. “Cada caso é um caso, mas existem as pessoas que se expõem demais nas redes sim. Depende do grau de solidão de cada uma e do grau de simplicidade que cada uma carrega dentro de si. O importante é não dividir as pessoas em grupos, ter a humildade de aglutinar todos em seu convívio, valorizando sua comunicação, fazendo com que ela chegue sempre mais longe e contribuir para que as pessoas se sintam importantes fazendo parte da rede”, comentou. O funcionário público Thiago Silva disse buscar nas redes sociais não apenas amizades, mas também informações. Para ele, a mídia social substitui o antigo diário íntimo das pessoas. A diferença é que, agora, os registros são expostos.

“Hoje as pessoas acham que as redes sociais são aqueles diários que eram usados pelos jovens que escreviam tudo sobre suas vidas. Só que, diferente daquele diário que era mantido em segredo, as pessoas fazem questão de expor ate a própria respiração”, afirmou.

Para os jovens, fazer parte de uma rede social é considerado obrigatório. Com elas, as pessoas criam mais condições de sociabilidade. É o que destaca o estudante Paulo Gomes. “Ser parte de uma rede social faz com que nos sintamos mais livres, mais abertos com as pessoas. Isso nos leva para uma maior amplitude de conhecimento público, colocando assim não apenas nossa vida em exposição para nossos amigos e ganhar novas amizades, bem como ter uma possibilidade de crescimento profissional, por redes como o LinkedIn, entre outras”, opinou o estudante.



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